Neste último feriado, aproveitamos para curtir uma viagem para uma cidade do interior muito bacana chamada Olímpia, onde temos as famosas "Thermas dos Laranjais", um resort espetacular que dispensa comentários.
O que eu gostaria, no entanto, de retratar aqui, foi uma grata e
(digamos) inesperada surpresa com a qual nos deparamos por lá: a Igreja
Matriz da cidade, dedicada ao glorioso São João Batista!
Como é de se esperar quando falamos de uma cidade do interior, a
Igreja é grande e está no centro da cidade e, não ocupa somente o espaço
central físico (geograficamente falando), em todos os estabelecimentos
que entramos, sempre havia um Crucifixo posto em local visível e, a era
possível perceber que a religião, pelo menos por ali, não era "coisa do
passado"!
Além de grande, a Igreja é excepcional na sua organização e
ornamentação litúrgica! Graças ao padroeiro São João Batista, um homem
rude e muito simples (provavelmente um Nazireu - a explicação disso fica
pro nosso próximo momento). O ambão da Palavra é formado por 03 cravos
(fazendo menção ao Sacrifício da Cruz e à perfeição trinitária), a Pia
Batismal totalmente de pedra e o mais fantástico: sobre o Altar uma
coroa de espinhos que parece, literalmente, coroar o único e perfeito
Sacrifício que a Missa celebra!
A Santa Missa começou às 10h pontualmente e, confesso, esperava uma
homilia (sermão, reflexão, enfim como quiser) chatinha, devido à toda
essa tradição que às vezes pesa demais e impede a plena Teofania (bacana
essa né? Teo = Deus, fania = manifestação - Teofania = manifestação de
Deus), porém, como estava enganado! Lamentei profundamente não ter
conseguido gravar, porque aquela reflexão caberia não somente para o
domingo onde o Evangelho falava da correta administração dos talentos
dados por Deus, mas para toda uma vida!
O Padre lembrou, brilhantemente, que não estamos aqui para usufruir
dos talentos que Deus nos deu, mas para administrá-los! Colocá-los para
frutificar, independentemente de qualquer situação!
Uma coisa muito curiosa que foi lembrada foi que no final do
Evangelho (Mateus 25,14-30), o Senhor manda retirar daquele empregado
que somente recebeu um talento e entregá-lo para aquele já tinha 10 (Em
seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem
dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância,
mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado), dando a
entender algo errado, não? Mas é exatamente assim que funciona na vida
da Igreja (e em outros lugares também): as pessoas que mais trabalham
são aquelas que mais tem trabalho a fazer, já reparou? Quantas pessoas
você conhecem que são sempre cheias de compromissos e no entanto sempre
assumem mais e mais coisas? O Reino de Deus exige responsabilidade e
muito trabalho, porque Jesus NUNCA prometeu FACILIDADE e sim FELICIDADE!
É isso ae pessoal! Até a próxima!
Texto de Bruno Santana
@brunoslj